“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” (João 4.14).
Vamos meditar neste versículo dividindo-o em duas partes:
1ª parte - “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede;”;
2ª parte - “pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.”;
Analisando a primeira parte, chegamos à seguinte pergunta: por que temos sede, apesar de bebermos dessa fonte?
Mesmo após nos alimentarmos da palavra e de nos enchermos da presença do Senhor, ainda sentimos aquela sede, uma vontade de estar em contato com Deus, como se não tivéssemos sido saciados e nos sentimos mais fracos espiritualmente falando. Voltamos da Igreja nos sentindo saciados do Senhor, mas pouco tempo depois, temos a impressão de que tudo aquilo que recebemos “sumiu” e sentimos um vazio. Quando bebemos da água, a sede não é aniquilada para sempre, porque se fosse assim, não precisaríamos mais bebê-la, seríamos auto-suficientes, nos alimentaríamos da palavra apenas uma vez e não mais precisaríamos dela, porém essa não é a vontade de Deus.
De acordo com a segunda parte, ao bebermos dessa água, ela passa a jorrar dentro de nós como uma fonte sem fim. O papel da fonte não é acabar de vez com a nossa sede, mas nos fornecer água quando necessitarmos. A partir do momento que conhecemos a Jesus, o Espírito Santo passa a habitar dentro de nós (João 7:38-39), e podemos correr ao seu encontro com o coração sincero e ele sempre estará nos esperando de braços abertos, pronto para nos dar consolo, abrigo e saciar a nossa sede de estar em sua presença. Precisamos ter essa sede para mantermos a tocha que arde dentro nós acesa, pois quando paramos de buscar, esfriamos e ficamos fracos (Oséias 6.3).
Deus deseja que quem tem sede continue a buscá-lo, pois só Ele nos sacia e nos dá a verdadeira paz. À medida que nos aproximamos dEle, aumentando a freqüência com que o buscamos, passamos a conhecê-lo melhor e a construirmos uma comunhão, até que não haja mais distância entre Ele e nós.
Quando nos aproximamos dEle, somos moldados e envolvidos pelo seu amor, pois do mesmo jeito que, ao convivermos muito com uma pessoa, absorvemos algumas características dela, igualmente acontece em relação ao Pai. Quanto mais íntimos dEle, mais qualidades apreendemos.
Essa é a vontade de Deus para o seu povo: que nos acheguemos mais e mais a Ele, a fim de sermos aperfeiçoados e cada vez mais parecidos com Cristo (I João 2.6).
“Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!” (Salmos 42.1).
Ygor Rodolfo Gomes dos Santos
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